quarta-feira, 15 de julho de 2009

Oração sem nome













O autor deste poema, quem o sabe?
Foi encontrado em pleno campo de batalha, no bolso de um soldado americano desconhecido, o rapaz foi estraçalhado por uma granada, restava apenas intacta esta folha de papel. Escuta, Deus:
jamais falei contigo. Hoje quero saudar-te. Bom dia! Como vais? Sabes, desseram-me que Tu não existe e eu, tôlo acreditei que fosse verdade. Nunca havia reparado a tua obra. Ontem à noite, da trincheira rasgada por granadas, vi teu céu estrelado e compreendi então que me enganaram. Não sei se apertarás a minha mão. Vou te explicas e hás de compreender. É engraçado: neste inferno hediondo achei a luz para enxergar o teu rosto. Dito isto já não tenho muita coisa a te contar: só que... que... tenho muito prazer em conhecer-te. Faremos um ataque à meia noite. Não sinto medo. Deus, sei que tu velas... Ah! e o clarim! Bom Deus, devo ir embora. Gostei de ti... vou ter saudades. Quero dizer-te: será sanguenta a luta, bem o sabes e esta noite pode ser que eu vá bater-te à porta! Muito amigo não fomos, é verdade. Mas... sim, estou chorando! Vês Deus, penso que já não sou tão mal. Bem, tenho de ir. Sorte é coisa rara. Juro porém: já não receio a morte.


Trabalhamos esta semana com interpretação textual, e achei interessante colocar este, para falar sobre a fé em Deus...

Estes últimos três dias estamos nos dedicando ao livro da amizade, para a festa que será realizada dia 20/07 no Campo da Vida.

Rosiene Almeida

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